quarta-feira, 20 de junho de 2012

A metade do inteiro que somos, 4ª Carta.


Sentado em frente a um lago com brisa leve entre os galhos, e os raios de Sol tocando minha pele. Acho que cheguei a Europa em sua melhor estação, a primavera, que esta em seu ápice, as flores tão radiantes quanto o Sol ao meio dia.
Pus-me a caminhar por entre o bosque, quando uma árvore de mim roubou a atenção, inúmeros bilhetes estavam dependurados por entre os galhos. Não resisti e logo um bilhete, puxei a ler:
“ Arrependido, com inveja e sem rumo, ando eu assim apenas comigo mesmo, nunca tão perto de mim estive em toda minha vida, nunca comigo só assim me imaginei viver.
A culpa eu sei que foi minha, eu sei que errei.
Tanto ao me entregar, quanto ao ser indiferente. Eu cobrei tanto de você que por fim, esqueci-me de algo oferecer.
Te privei do meu eu, do meu melhor, te neguei meu amor, não poderia ter sido pior.
Não te abracei o quanto deveria, não te beijei  o quanto queria, carinhos entres nós faltou aos montes.
Esqueci de ir te ver, como pude eu entre minhas coisas corriqueiras me perder?- Essa pergunta não me canso de fazer.
Desculpas agora não adiantam mais, pois entre outros braços já seis que estais,porém queria eu aqui bem deixar, que me arrependi  de esquecer de te amar.
Vou pendurar este bilhete, para um conselho passar, para aquele que o ler não se esqueça assim como eu  de que, não amar, de nada é bom porém  pior que se esquecer de amar, é não mais ter tempo pra atrás voltar.
Escrevo isso e completo dizendo, que o cabelo cortei, algo no braço tatuei, um novo sorriso arrumei. Vou seguir para novos lugares, querendo viver novas felicidades, ter uma vida que sei que vou ter, pois a vida ; ela não vai me esperar, e com esse erro só posso aprender, e seguindo sorrindo este bilhete aqui deixarei.”
Feliz como quem esse bilhete escreveu, assim também eu seguirei, afinal uma parte de mim ainda encontrarei. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A metade do inteiro que somos, carta de número três.


“ Já se passou algum tempo, e o tempo ainda continua a passar. Eu tenho saudades imensas de ti, de tudo em ti alias. Eu sonho acordado com teu sorriso , eu acordo de manhã e saio para o trabalho, com um pingo de esperança de em algum momento do dia em algum lugar qualquer da cidade esbarrar com você. Acontece que como o tempo passou, e pouco de ti sei agora , não sei já se mudou como havia planejado, não sei absolutamente nada a seu respeito e isso muito tem me irritado.
 Eu queria fazer parte da sua vida, estar em tuas escolhas,mas com a vida não se tem conversa, é corrida e chata e distante de ti me mantém. Sei que a desculpa não a de demorar a chegar, mas sonhar com um “oi”, teu as quatro horas de uma tarde entediada, é a melhor coisa que agora posso fazer , já que de ti nem mais o rosto posso ver.
Do seu travesseiro tenho inveja, só de pensar que você pode chorar e é ele quem talvez vai te confortar, mi entristece saber que nesses momentos nem ao menos posso te abraçar.
Lembro do dia em que tomares chuva, só para me abraçar, pois três dias fora iria ficar, e queria de alguma forma me sentir, se eu soubesse que aquele seria o mais belo que daria em toda minha vida até hoje, teria ficado mais dez minutos, contigo abraçado.
Não vou escrever mais nada, pois de tudo isso nada poderás ver, mas que fique bem claro “EU AINDA AMO VOCÊ” e não sou nem metade do que somos longe de ti.”
 Lendo essa carta em um porto, em qualquer lugar, imaginei a dor desse amante, que amor não mais parecia ter. Passei por ali rapidamente, e pelo litoral segui em frente, mas quis deixar registrado no diário dessa minha busca, a carta desse amante, que alias gostaria muito de saber mais da historia.
Não tem muita importância, mas vou aqui registrar, que assim que a carta acabei de ler, um beija-flor em meu ombro veio pousar.