tag:blogger.com,1999:blog-6625476419835884922024-03-13T08:24:23.665-07:00Esconderijo Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-61792486958477135162017-09-21T20:54:00.004-07:002017-09-21T20:54:37.417-07:00Relógio parado<div style="text-align: justify;">
O menino estava sentado de joelhos juntos, mão no queixo e olhos fundos, fundos de cansaço. Prendeu por um breve instante o seu pensamento em seus olhos fundos, percebeu nesse ato, de fixar-se em seus olhos, que não havia entre ele e ele mesmo algum tipo de conexão como havia outrora. Tentou, mais de uma vez, voltar seus olhos para dentro, todas as tentativas em vão, não conseguia conectar-se à sua alma; entristeceu-se. </div>
<div style="text-align: justify;">
O menino, ainda sentado de joelhos juntos e mão no queixo, notou que já estava ali, estático e sem olhar para nada, a um bom tempo. Estavam quebrados, olhos, olhar, alma e ser. Ser já não era algo que ele sabia; entristeceu-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
O que estou fazendo aqui? Perguntou-se tirando a mão do queixo para ascender mais um trago. Entre um trago e outro o cigarro acabou rapidamente e ele ainda não havia chegado em alguma resposta, se é que chegar a uma resposta, naquele momento, fosse possível, agora estava sem resposta e mais cheio de perguntas, e estas, bem, como a outra estavam todas sem respostas; entristeceu-se. </div>
<div style="text-align: justify;">
O menino virou o pulso para ver as horas e o quanto já estava atrasado, perdido sem entender nada do que estava acontecendo com seu relógio e com sua vida, viu que haviam passado apenas três minutos desde que havia sentado ali, juntado os joelhos e sustentado os olhos pesados com a mão no queixo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Os minutos estão pesando sobre mim como se fossem horas infinitas. Foi a resposta que ele deu à uma moça que passou e perguntou "como você está?". Ele ainda estava perplexo com seu exílio momento em lugar nenhum e com a vida e os olhos pesando, entristeceu-se. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-22147826615171114522017-04-18T12:03:00.003-07:002017-04-18T12:03:34.895-07:0029 de janeiro <div style="text-align: justify;">
Quando eu tinha 17 anos (talvez 16, não me recordo o ano exato) sofri um acidente de moto, eu era o passageiro, eu escolhi estar naquela moto aquele dia. Não tenho cicatrizes físicas daquele acidente, ou melhor, tenho cicatrizes mínimas daquele acidente; devo isso a minha avó.</div>
<div style="text-align: justify;">
Minha avó sabia que pessoas podem se quebrar, mas podem ser concertadas, ela sabia que pessoas podem se machucar, mas também podem sobreviver. Nunca entendi o verdadeiro significado por detrás daquela pomada até hoje. <br />Minha avó brigou comigo para que eu usasse aquela pomada específica. Eu odiei aquela pomada por muito tempo. Os ferimentos do acidente eram grandes e feios; e sangraram muito por vários dias. A pomada da minha avó não era cicatrizante, ao contrário, ela abria ainda mais os ferimentos e isso fez com que as feridas demorassem dias para sarar, mas também fez com que meu corpo criasse mais anticorpos e mais tecido cútis, e isso me levou a ficar muito mais tempo machucado, mas também fez com que a cicatrização ficasse como que perfeita. </div>
<div style="text-align: justify;">
Aparentemente o universo está sendo como minha avó. Eu escolhi estar em um acidente que deixou minha alma quebrada. Eu me remendei (ou pelo menos tentei e cheguei a acreditar que estava remendado), coloquei inúmeros band-aids para me curar mais rápido, mas há sempre “a pomada da minha avó” querendo abrir os ferimentos, é como se a própria ferida saísse de mim e risse da e na minha cara, cada vez que o reencontro. Sempre que acredito que as feridas estão se curando ele aparece e elas se abrem novamente, mas o carrossel não para de girar não é? É isso, eu acreditei por muito tempo que poderia continuar vivendo de remendos, até que entendi o significado da pomada da minha avó.</div>
<div style="text-align: justify;">
Agora estou eu no carrossel me perguntando como usar essa pomada e quando ela irá me curar. Quanto tempo ainda vou aguentar? (Quantas vezes já me fiz essa pergunta? Perdi a conta …) Quanto tempo ainda minhas feridas vão continuar sangrando? Como vou encontrar um modo de me sentir concertado? Como sairei desse acidente se o carrossel nunca para de girar? </div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje à tarde fui tomar um banho de sol, em cima de um morro, onde o pôr do sol fica lindo de se ver, sozinho, não queria companhia, chegando lá um casal ficou bem na minha frente, e eu tirei uma foto deles, a foto ficou linda. Eu poderia ficar triste vendo aquele casal aproveitando um lindo pôr do sol juntos e eu ali do lado sozinho, e fiquei. Mas, depois percebi que aquilo estava sendo a pomada da minha avó e me senti menos triste por ver que aqueles dois estavam mais felizes do que eu. Chamei eles e passei a foto por WhatsApp, eles gostaram da foto. Voltei pra casa com a ferida aberta, mas com a certeza de que um dia ela se curará. Espero.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-43269158981001902302016-01-26T14:41:00.003-08:002017-04-18T12:13:18.807-07:00O centro da cidade<br />
<div style="text-align: justify;">
Aquela Coisa segurava meu pescoço e com uma força brutal afundava minha cabeça e me afogava naquela banheira cheia de uma água tão gelada quanto um cubo de gelo preso no congelador por 3 meses. Aquele dia vinha diretamente em minta mente. Eu sentia o sol em minha pele como se revivesse aquele dia, eu sentia o suor em minha testa, eu sentia o cansaço e principalmente eu via e o ouvia. A pessoa que eu mais amava, ali do meu lado, dizendo que odiava em mim os mesmo defeitos que eu também odiava. E como naquele dia eu seguia sozinho, sentia a lágrima escorrendo, entrava em casa, e ao bater a porta do quarto e deitar na cama a Coisa puxava minha cabeça pra fora da banheira. Eu me afoguei e revive aquele dia noventa e seis dias exatos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Agora estou sentado, não sei descrever, é muito escuro. A Coisa parecer ser uma pessoa, se assim podemos dizer, e está na minha frente, também não consigo descreve-la com exatidão, há um manto e um capuz negro impedindo que eu veja seu físico, seu rosto; Receio ser a mesma Coisa que tinha como passatempo me afogar. Estou nu, sinto o frio do chão, o frio da madeira do assento da cadeira, o frio dos ferros onde meus pés e minhas mãos estão amarrados. É tudo frio aqui. </div>
<div style="text-align: justify;">
Posso perceber que essa Coisa tem algo nas mãos, não consigo ver exatamente o que é. Acredito que era uma adaga, e que fria essa adaga era. Cuidadosamente, como que parecendo se importar comigo, a adaga é aos poucos empunhada em mim, atravessa centímetro por centímetro do meu peito, chega ao coração e ao toque da adaga em meu coração outra lembrança. Quando pequeno, quando jovem e aparentemente ainda hoje, não tive e não tenho uma família (muitas coisas me fazem crer nisso) e ao toque da ponta daquela adaga fria penetrando meu coração, aquele dia que eu senti que finalmente tinha uma família (uma pessoa só, mas, ainda sim uma família) veio em mente. Meu peito foi perfurado e eu revivi essa sensação noventa e cinco vezes.<br />
Da última vez, quando completou noventa e seis vezes que a adaga adentrava meu peito, eu revive a mesma lembrança e quando, dessa vez, a lembrança acabou, a Coisa com manto e capuz negros tirou com a adaga um pedaço do meu coração, que a essa altura já estava todo perfurado. Agora tenho um coração incompleto. Não consigo entender como ele ainda bate, como ele consegue funcionar estando sem uma de suas partes. </div>
<div style="text-align: justify;">
A Coisa sumiu da minha frente, tudo ficou mais escuro ainda, eu não sentia mais o frio das coisas, eu era o frio agora, mas estava vestido, abri os olhos, estava em pé, havia uma multidão a minha volta, estava no centro da cidade. Agora o frio que eu sentia era da parte que faltava dentro de mim, era eu. Agora sem família, sem abrigo, sem um coração inteiro eu segui andando como todas as outras pessoas. O mundo é um lugar estranho. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-80443601664052676222016-01-24T04:56:00.001-08:002016-01-24T04:56:55.158-08:00onde está a chegada?Venho andando por uma estrada desconhecida há um bom tempo. Eu não sei absolutamente nada sobre essa estrada, e isso me consome de uma maneira que apenas as lágrimas escorrendo pelo meu rosto e se perdendo em minha barba conseguem descrever. E eu já me cansei, muito.<br />Dizem que a dor, com o tempo, diminui e que pode até desaparecer, bom, não é meu caso, não é o caso dessa estrada que eu sigo. Parece que ela se agarrou a mim, esta impregnada, é uma mancha de sangue em um tecido branco, e não se limpa, e não some, não diminui. <br />Meu coração aperta e me sufoca e eu mal consigo me levantar. Não é uma lança, é diferente. É algo dentro, tão fundo que eu não consigo nem entender o que é, mas eu sinto, e doí. <br />A chegada parece nunca estar logo ali.<br />Eu não me sinto em casa.<br />Eu não me sinto em família.<br />Sou eu e eu, e eu juro que tentei, mas não é tão simples. E não há nada a se fazer além de seguir e seguir e seguir, por essa estrada com horas invertidas, cores dissimuladas, frio...<br /><br />
<br /><div style="text-align: center;">
Sometimes love's not enough</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
When the road gets tough</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
I don't know why<br /><br /><br /><br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-872614335984455282015-02-18T16:46:00.001-08:002015-02-18T16:55:24.370-08:00Dos acúmulos que hoje me fazem dizer, estou cansado. Porque não da pra chorar acúmulos, não da.<br />
O choro vem, o choro vai, você não consegue controlar o que esta sentindo e ai sente tudo e depois senti nada, e nesse intervalo chora, e ai respira fundo e depois volta no começo e ai vai até que resolve vomitar tudo.<br />
E ai, não sabe nem o que vomita primeiro, ou como, em que ordem, estão todos os acúmulos querendo sair da garganta que acabaram entalados.<br />
Eu não queria ser um acumulador, nem um gravador, nem um baú, nem nada, queria ser uma folha, sem humanidade, uma folha que aparece em uma arvore qualquer, cresce, muda de cor, e ai o vento leva, e essa folha vai até pousar em um canto qualquer e ali ficar ate que suma do mundo, que vai com vento sem questionar, sem precisar limpar mesas, sem lembar dos apertos de mão, sem ter de lembrar das palavras, sem lembrar, apenas ir, e ir.<br />
Durante o dia, meus 21 anos me revestem, em uma armadura impenetrável, nada ultrapassa, nada me fere, nada me atingi, mas a noite, quando esta tudo escuro e em silencio, sou de novo o garotinho perdido na cidade grande, contanto ovelhas pra conseguir dormir, pra conseguir não pensar, pra conseguir fechar os olhos tranquilo, sereno, e ai dormir, sem estar cansado.<br />
Talvez, só talvez, eu esteja cansado de que me perguntem , "e seu pai?", e eu tenha que medir palavras pra dizer, sem demonstrar o nó na garganta, que ele deve estar por ai, em algum lugar, que eu não fiz cartões pro dia dos pais, que eu nunca comprei um presente pro meu pai, que eu nunca disse oi pai, ou então, tchau pai, ou até logo pai, ou, pai, me ajuda com isso, não consigo sozinho. Talvez eu só queria, esse tempo todo usar a palavra pai, dizer, gritar, ter. Mas é só um talvez.<br />
Ou talvez esse tempo, eu tenha mesmo era guardado o desejo de ter um pai, de andar no parque, ou só ir até a padaria numa tarde de sábado, ou ter pra quem entregar o trabalhinho da escola que eu fazia no dia dos pais sem falar pra professora ou pros coleguinhas que eu não tinha pra quem entregar, e que depois entregava pro meu vô ou pro meu padrasto e depois, de noite, sem armadura eu chorava, como agora.<br />
Talvez, mas só talvez, eu esteja cansado de ter que dizer,"eles devem saber, mas fingem que não sabem", quando perguntam, "e sua família, sabe de você?", e eu tenho que controlar minhas lembranças, pra não lembrar que eu ouvi que sou um erro, um doente, que preciso de tratamento e que preciso fazer consultas ao psicologo, quando eu deveria ouvir "eu te amo". Mas é só um talvez.<br />
Talvez eu devesse fazer algum tratamento de perda de memória, e esquecer de todas as mãos que me foram estendidas, de todas as palavras, que da boca pra fora, para mim foram ditas, talvez, mas só talvez, eu devesse me atirar na frente de um carro, e bater a cabeça para perder a memória, e não lembrar dos abraços, e das juras de amor, e das esperanças que insistem em existirem apresar dos pesares.<br />
Talvez, quem sabe, eu deveria ser uma folha, que o vento jogaria na frente de um carro, e esqueceria de que era uma folha e cairia num lago e viveria como um peixinho dourado.<br />
Ou talvez eu deveria trocar de musica, publicar esse vomito, e lavar o rosto.<br />
Mas é só um talvez.<br />
<br />
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;">I'm feeling like a lost little boy</span><br />
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;">In a brand new town</span><br />
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;">I'm counting my sheep and each one that passes</span><br />
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;">Is another dream to ashes</span><br />
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;">And they all fall down ...</span><br />
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;"><br /></span>
<span style="display: inline-block; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;"><span style="color: #a3a3a3; font-family: Arial, sans-serif;">https://www.youtube.com/watch?v=_KbgZZo0Zfo </span></span><br />
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;"><br /></span>
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;"><br /></span>
<span style="color: #a3a3a3; display: inline-block; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; overflow: hidden; text-align: right; vertical-align: top;"><br /></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-39317684498490251582015-01-14T15:58:00.004-08:002015-01-14T15:58:57.491-08:00Dos novos momentos vividos: o termino. Sabe, tudo que é novo, nos estranha. Um termino por exemplo, um termino que foi decidido por você. Porque você julgou melhor para ambos, talvez mais pelo outro que por você. Porque você sabe o que está sentido, agora o outro, você não tem controle do sentimento do outro, e ai que mora o perigo. E ai está um grande ponto da vida, não amamos sozinhos, não nos relacionamos sozinhos, sempre estaremos amando com alguém, nos relacionando com alguém. Sempre teremos os sentimentos de alguém nas mãos.<br />
Sentimentos. Coisa frágil, delicada, não feita pra brincar, e impossível de se controlar.<br />
E é isso que esse novo momento me trouxe, eu tive de decidir por 2, por dois seres que setem, que estão cheios, repletos, transbordando sentimentos. E por horas me doí pensar que, enquanto que, pra mim eu os peguei, os sentimentos, do outro, e os coloquei em uma caixinha, toda almofadada, com as mais leves e melhores plumas do mundo, pra que eles fiquem bem, para o outro eu simplesmente os soltei, e os deixei cair no chão, esparramados, estilhaçados, aos pedaços.<br />Por um lado sinto que há um ponto positivo nisso, eu ainda mantenho em mim algo de bom, eu me importo com os sentimentos do outro, ainda bem que não deixei isso se perder em mim.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-18033776063185982412014-08-02T14:47:00.003-07:002014-08-02T14:47:13.993-07:00O TempoEra uma tarde tranquila, sem nada pra fazer, então resolvi visitar o Tempo. Tomamos chá, chá de hortelã. Conversa vai conversa vem o Tempo me perguntou, "você não vai se queixar de nada?", "por que pergunta isso? eu deveria me queixar de alguma coisa?", eu o respondi sem entender muito bem sua pergunta, "é que geralmente quem vem me visitar vem para reclamar de alguma coisa ...". Eu pude perceber que aquilo o deixava chateado, e por sorte eu não havia ido lá para me queixar de nada. "Tempo meu amigo, outro dia me deu saudade de você a alguns meses atrás, e eu pude perceber que de algumas coisas eu mal conseguia me recordar, mas aquilo que eu consegui me lembrar me deixou com um sorriso no rosto, cheguei até a reclamar de uma péssima memória, mas logo em seguida fiquei agradecido de não me recordar de tudo, de sorrir do que lembrei, e principalmente, percebi que se você não tivesse passado talvez eu ainda conseguiria me recordar de tudo, e talvez não sorriria das recordações." Ele então deu um leve sorriso daqueles de paz interior e começou a me contar da vez em que as pessoas usavam seus passados para seguirem adiante, levando somente as boas recordações e sorrisos estonteantes.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-33473197180697579212014-06-02T19:15:00.003-07:002014-06-02T19:15:14.945-07:00Que fique claro. <div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que fique claro que, para conhecermos a sombra a Luz precisa estar presente, que para saber
quão bom é ver um sorriso, precisamos antes estar vendo a tristeza, para saber
que não se gosta de ler se fez necessário ler em algum momento, que para querer
engordar precisa estar magro e também o contrario, que para não gostar de nadar
em uma cachoeira precisa saber o quão suave é a gélida sensação de paz que a
queda d’água traz para suas costas, que para não gostar de tal aroma é preciso
conseguir sentir os diferentes cheiros do mundo. Que fique claro que para
sentir saudade de algum lugar é preciso não estar nesse lugar, que para querer
voltar para casa é preciso ter saído dela. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-1042624369824195922014-04-21T21:05:00.001-07:002014-04-21T21:05:02.728-07:00O Reflexo que não sabia falar. <div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: center;">
- Quem é você?</div>
<div style="text-align: center;">
...</div>
<div style="text-align: center;">
Silêncio </div>
<div style="text-align: center;">
Silêncio</div>
<div style="text-align: center;">
...</div>
<div style="text-align: center;">
uma respiração profunda</div>
<div style="text-align: center;">
silêncio ...</div>
<div style="text-align: center;">
Apagou a luz, parou de se olhar no espelho e voltou pra cama, sem resposta, sem
escolha, sem nada, apenas silêncio, apenas vazio.</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;">Silêncio.</span></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
...</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-47784166173084096772014-04-20T19:16:00.002-07:002014-04-20T19:16:23.941-07:00Sou apenas humano<div class="MsoNormal">
Para uma melhor leitura recomendo que esteja ouvindo essa musica :<br />https://www.youtube.com/watch?v=r5yaoMjaAmE<br /><br /><br /><br /><br />E a lança penetrou minha pele, e eu pude sentir cada pêlo do meu corpo se
arrepiando com a dor que aquela lança pontiaguda me causou adentrando minha
pele, ultrapassando minha carne, perfurando meu coração, minhas lágrimas se
transformaram em sangue e já não mais caiam dos meus olhos, a dor era tamanha
que meus olhos não conseguiam chorar. Meus joelhos se dobraram e encostaram o
chão frio daquele quarto escuro. Eu ali, ajoelhado no frio chão, com as mãos
naquela lança perpassada em meu peito e o sangue escorrendo em meu corpo.<br />
Minhas mãos não conseguiam soltar, Eu não conseguia soltar aquela lança, eu não
conseguia tira-la, para talvez, quem sabe, conseguir cessar com aquela dor que
estava me destruindo. <br />
Alguns anos se passaram e eu ainda não tinha conseguido tirar aquela lança do
meu peito. <br />
Por vezes algumas pessoas passavam por mim, me distraíam e eu não sentia por
alguns momentos, dor, por vezes a esquecia, mas por vezes algumas pessoas
seguravam minha mão, segurando a lança,e afundavam a ainda mais. E meu coração
ainda batia, ainda sangrava, e meus joelhos ainda sentiam o chão frio,e minhas mãos ainda seguravam a lança. <br />
Por vezes eu tentava levantar, cansado de sentir o frio do chão e com as pernas
bambas tremendo eu conseguia ficar por breves momentos em pé, até que viessem
pessoas para me distrair, até que essas pessoas segurassem minhas mãos
segurando a lança até que essas pessoas afundavam a ainda mais em meu peito,
fazendo me sentir o frio, fazendo o sangue escorrer mais, fazendo a dor me destruir de novo, e de novo e de
novo. <br />
Até que um dia prendendo a minha respiração, com as mãos na lança, o sangue
escorrendo, as pernas bambas, me levantei, uma respiração, uma profunda
respiração, puxei a lança para fora do meu peito, o que fez com que sangue e
mais sangue saísse e escorresse por meu corpo que não tinha se ajoelhado, mas caído
por inteiro no chão frio de tamanha dor que havia sentido puxando a lança que já
estava profunda com o passar dos anos. <br />
Eu poderia ter aguentado mais, mas estava de saco cheio.<br />
Eu poderia fingir, me distraindo, mais sorrisos. <br />
Mas eu sou apenas humano, que sangrava cada vez que pegavam minha mão, e a
lança aprofundavam mais em meu peito. E eu me arrebentava, e eu me desmontava,
e sangrava caindo. Pois sou apenas humano. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-27834995605694103152014-03-11T18:44:00.002-07:002014-03-11T18:47:33.974-07:0013 de Novembro de 1973<div style="text-align: center;">
Fiquei pensando:<br />
- Será que se eu sair sem minha sombra<br />
alguém vai notar ?<br />
Um belo dia parei de pensar.<br />
13 de Novembro de 1973, o dia em que decidi sair sem minha sombra.<br />
- Preciso saber se alguém vai notar!<br />
09:00 horas, sai de casa.<br />
Sem minha sombra.<br />
Andei por ruas, praças, entrei em armazéns, em botecos.<br />
Conversei com crianças, com jovens,<br />
com adultos e com mais velhos.<br />
Conversei com conhecidos e com estranhos.<br />
Fui em lugares com luzes artificiais e luz natural.</div>
<div style="text-align: center;">
Lugares que "faziam" sombras.<br />
Todos tinham sombra.<br />
A criança, o jovem, o adulto e o mais velho.<br />
Até mesmo a vela em cima da mesa tinha uma sombra,<br />
menos eu.<br />
E ninguém notou.<br />
Nem a criança desconhecida, nem o mais velho amigo,<br />
nem o jovem que conversei.<br />
- Todos me viram, mas ninguém me enxergou, ninguém notou a ausência da minha sombra ...</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-76318329633717886042014-03-04T19:10:00.003-08:002014-03-04T19:17:22.193-08:00Limpei a mesa16 de fevereiro de 2014...<br /><br />Passei uns dias fora. Ele ficou aqui vazio, ou melhor, ele ficou aqui sem mim. Ele ficou aqui com as portas abertas, sem mim, e cheio, cheio de tudo que sou eu, e quem passava poderia me ver, mesmo sem eu estar aqui.<br />Entrei, silencio, de ambos, o meu e o dele,não me vi mais no meu quarto, que antes gritava a mim , e agora eu mesmo não me vejo. <br />Depois de tudo trocado, de tudo mudado, de tudo arrumado de um novo eu, a mesa dentro dele gritava,<br />
gritava tudo que estava sobrando do que era antes ele.<br /> A mesa estava carregada de tudo. Cores, letras, números, objetos, sentimentos guardados desnecessariamente. <br />Sabe cena de televisão, quando tudo é jogado no chão? Pois é, não foi tudo jogado no chão, mas tudo tirado do lugar, o chão ficou cheio de tudo. <br />Mesmo sem tudo aquilo que já estava no chão ainda sim estava cheia de tudo que estava literalmente nela.<br />Então com um pano umedecido cada eu que nela estava comecei a tirar, cada dia que estava nela começou a dela sumir, cada cor, cada letra, cada numero.<br />
Branca. A mesa ficou branca.<br />Faxina boa no quarto, é dessas que a gente joga muito passado fora.<br />Limpei a mesa.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-7516032040900778122013-11-26T06:30:00.002-08:002014-03-05T07:39:16.205-08:00Carta de numero 8. Metade do inteiro que somos nós. <div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Eu estava passeando
pelo <span style="background: white;">Vale Bregaglia</span> e foi quando estava
na velha “cidade”<b> </b><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Savogno que recebi a carta. Não sei exatamente como foi que me
encontraram em Itália, eu já estava pensando que jamais receberia ou escreveria
outra carta, imaginava que a de numero sete seria então a ultima. Mas a questão
é que recebi. <br />
Sentei-me em uma daquelas casas de pedra e comecei a ler a carta.<br />
“Eu sei que talvez você tenha encerrado a busca, mesmo tendo dito que não, eu
sabia que sim, você havia desistido,e simplesmente estava viajando por ai, simplesmente admirando as belas paisagens desse mundão. E eu sei que não
deveria te mandar essa carta, afinal acho que sobre essas coisas você vem
mantendo distancia desde a então carta de numero sete, mas eu precisava
conversar com alguém e você me pareceu, e de fato é, a única pessoa capaz de
entender verdadeiramente o que eu aprendi. <br />
Depois que você simplesmente deixou sua busca de lado, muita coisa aconteceu
por aqui, eu também fui em busca de muita coisa, eu também vive novas experiências,
mas é sobre apenas uma que eu queria falar com você. <br />
Você mais do que qualquer pessoa sabe, que muitas vezes, eu decido sentimentos
pela razão. Mas a vida tem uma maneira “engraçada” de nos mostrar que nem
sempre estamos no comando. Não tenho medo do fim, mas sim o que o fim faz
comigo, os sentimentos que o fim traz. E foi com medo desses sentimentos que eu
deixei passar muitas pessoas as quais poderiam não ter trazido esses
sentimentos pra mim, e racionalmente acabei escolhendo me deixar levar por um
sentimento o qual, racionalmente, não me traria nenhum sentimento ruim que vem
com o fim. E para minha surpresa, o que a primeira vista me parecia ser a melhor
escolha, acabou sendo justamente aquilo que eu não queria. Essa foi a forma “
engraçada” que a vida achou pra me mostrar que nem sempre estou no comando, sobre
isso que eu queria conversar com você. Por mais que eu tenha me protegido, ou
pelo menos imaginava que o estava fazendo, por mais que tenha feito
racionalmente escolhas, as quais eu julgara terem sido as melhores pra mim, ela, a
vida, me mostrou que nem sempre o que eu
acho que é o melhor, é de fato o melhor, e o fim que eu achei que não chegaria,
chegou e com ele os sentimentos que eu tanto temia. Talvez se eu tivesse me
permitido antes, sem o medo desse fim, o fim não teria chegado como chegou com
a pessoa que eu não espera que o fim fosse chegar. Mas não tem como eu saber
agora, a vida tinha uma lição pra mim, e eu aprendi, por mais escolhas que eu
faça, nada, ou quase nada esta em meu comando, eu não posso estar tranquilo com
minhas decisões, pensando em meu bem estar, pode ser que acabe tudo bem, pode
ser que não. Sim imagino que você deva estar rindo agora, pensando que eu quis
bancar o espertinho e me dei mal, mas daqui um tempo, ou quem sabe agora, eu já
esteja rindo disso, e consciente de que aprendi.”<br />
Percebi depois de ler a carta, que sim ele estava percebendo que viver é mais
complexo do que imaginamos, que lidar com sentimentos e com pessoas é mais difícil
que passar de ano em matemática. Sim eu ri como ele imaginou, mas não pelo que
aconteceu com ele, mas sim por ele ter percebido o que a vida tinha ensinado a
ele. Não eu não o respondi, vou terminar essa viagem e quando chegar em um novo
lugar em uma nova estação, quem sabe eu tenha uma resposta pra ele, ou algo
novo pra contar, essas cartas nunca sabem quando vão voltar a aparecer mesmo, não é?</span></strong></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></strong></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-K5lwKsMFZ1Y/UpSunjNBECI/AAAAAAAAASc/IkW0LJZU9k8/s1600/eu-aprendi-que-nao-posso-escolher-como-me-sinto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-K5lwKsMFZ1Y/UpSunjNBECI/AAAAAAAAASc/IkW0LJZU9k8/s320/eu-aprendi-que-nao-posso-escolher-como-me-sinto.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></strong></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-50172802139597903032013-09-24T15:59:00.001-07:002014-04-09T20:07:40.566-07:00Abrace uma arvore <span style="font-family: Calibri;">Abrace.<br />Quem vier pela frente, ou o que vier pela frente.<br /><br />
</span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Que peso tem um abraço?<br />
Que valor tem um abraço?<br /><br />
</span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Abrace uma arvore.<br /><br />
</span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Quando sua alma deixar seu corpo,<br />
vai ser meio difícil dar um abraço.<br />
Quando sua voz sumir,<br />
abrace.<br />
Quando suas pernas tremerem,<br />
abrace.<br />
Quando as lagrimas tomarem uma força que você não consegue segurar,<br />
abrace.<br />
Quando estiver desesperado, perdido, sozinho, com medo, sem colo e sem ter pra
onde ir,<br />
abrace.<br /><br />
</span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Se não tiver quem abraçar,<br />
abrace uma arvore.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><br />
<br />
<br />
p.s. nunca sabemos quando um gatilho pode ser acionado, então não deixe um
abraço para a próxima, abrace!! </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-74363542506504024872013-09-19T19:25:00.001-07:002013-09-19T19:25:18.839-07:00Naufrago Urbano <div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Imerso em um silencio. Solidão. Meu silencio. Procuramos, e não
sabemos nem ao menos o que procuramos. Um sinal? Sinal de que? Afinal o que
queremos? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Atenção? Um abraço? Um novo
aparelho de celular? Emagrecer? Viajar? E pra que? Pra se sentir querido? Pra
se sentir protegido? Pra se sentir importante? Pra se sentir bonito? Pra se sentir
livre? E o que eu faço pra ter? Pra conquistar? Pra acontecer? Eu realmente
quero isso?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O que é real? O que me
falam? O que me mostram? Ou que eu aceito de tudo que me jogam<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>todo tempo o dia todo? Eu pensei. Eu sabia
quem eu era. Eu achei que sabia. Eu quero. Eu sabia o que queria. Eu achei que
era o que eu queria. Mas sempre que tenho algo que quero, um novo querer
aparece. Não estou feliz. A hora que eu tiver esse novo querer em mãos eu
estarei feliz. Só que não. Eu aceitarei algo novo que jogarão em mim. Eu terei
um novo querer. Adiarei minha felicidade por isso. Culparei-me. Culparei você. Culparei
o mundo. Culpar-me-ei. Não serei feliz. Não terei atenção. Não receberei um
abraço. Não terei um novo aparelho de telefone. Não irei emagrecer. Não
viajarei. Não me sentirei querido, nem protegido muito menos importante. Vou
olhar no espelho e insatisfeito, sei que vou estar. Preso no meu naufrágio
urbano, atrás de um computador. Meu silencio. Solidão. Imerso em meu silencio. </span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-7154125948852200392013-04-26T21:06:00.001-07:002014-03-05T07:47:45.711-08:00Metade do inteiro que somos nós, carta de numero seis.<br />
<br />
Uma etapa não começa enquanto outra não termina, não preciso de nenhum manual pra saber disso. A carta de numero seis , seria se não a mais bela dentre as até agora escritas, por motivos que não sei de fato mencionar ela não seria publicada, mas por motivos de força maior postarei alguns dos trechos já escritos no decorrer daquela historia que com essa postagem acaba.Não seria justo não terminar essa historia, a historia de um garotinho que vivia “no escuro do vácuo de um corpo”,que um dia achou uma caixinha em seu quarto, e dentro desta , um pergaminho, este o que tudo e todos sonhavam ter, ‘O Manual da Vida’,claro ele não poderia revelar todo o conteúdo do pergaminho, mas seria muito injusto não compartilhar alguns como: “viveras de sofrimento e de amor, sofrimento alimentando a alma e amor fazendo-a crescer”, “jamais culpe o tempo por uma dor , ou por qualquer coisa que seja, ele lhe é dado para que com sabedoria o use, se não o for capaz de fazer, não o culpe”.<br />
Mas voltemos aos trechos da carta de numero seis : <br />
<br />
<br />
<br />
21 de Setembro de 2012 às 13:27 <br />
<br />
" Meu coração soberbo, amaneirado, corre riscos por essas vias, profundas vias escuras, de um sentimento vazio ..." <br />
<br />
21 de Setembro de 2012 às 15:54 <br />
<br />
De repente a carta toma um percurso meio escuro :<br />
<br />
" É inevitável o escorrer de lágrimas , é inevitável a precipitação de sentimentos em min'alma, com minha fragilidade humana erma por si só vaga, com a lembrança fria de teu sorriso imortal ..." <br />
<br />
<br />
28 de Setembro de 2012 às 10:58 <br />
<br />
" - É nesse frio escaldante, na beleza mórbida de um sentimento vivido, que pulsa e grita a saudade . "<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
21 de Outubro de 2012 às 11:36 <br />
<br />
<br />
<br />
Eu não sei de mais nada, simplesmente estou perdido, de fato sem direção, a ultima coisa de que me lembro, é de quando deitei-me para dormir, acho que fiquei preso dentro do meu sonho, e por isso não mais consigo aqui fora viver, acho que vou dormir e tentar me encontrar dentro de mim, em algum sonho meu. <br />
<br />
<br />
<br />
20 de Outubro de 2012 às 22:18 <br />
<br />
<br />
<br />
Tem horas que sou Eu, e horas que sou um Eu que não é o Eu que tem horas que sou, ai nessas horas em que sou um Eu que tem horas que não sou Eu , não deixo também se der assim complicado, Eu . <br />
<br />
E que esse garotinho viva mais para que novas cartas dessa jornada continuem aparecendo...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-7094353599777686172013-03-19T16:25:00.002-07:002013-03-19T16:25:56.409-07:00Enquanto a água caia ....<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-cTJ61O45HTY/UUjzZvmtctI/AAAAAAAAARY/4At4crpaPI0/s1600/sa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-cTJ61O45HTY/UUjzZvmtctI/AAAAAAAAARY/4At4crpaPI0/s1600/sa.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: center;">
Estático,</div>
<div style="text-align: center;">
inebriado,</div>
<div style="text-align: center;">
hipnotizado pela dança daquelas chamas.</div>
<div style="text-align: center;">
Cada centelha que dali saia</div>
<div style="text-align: center;">
consigo trazia,</div>
<div style="text-align: center;">
mais que uma imagem,</div>
<div style="text-align: center;">
mais que uma foto,</div>
<div style="text-align: center;">
muito mais que uma lembrança.</div>
<div style="text-align: center;">
Traziam um cheiro,</div>
<div style="text-align: center;">
nossos perfumes misturados.</div>
<div style="text-align: center;">
Sorrisos,</div>
<div style="text-align: center;">
o seu, e o meu que do teu saia.</div>
<div style="text-align: center;">
Lagrimas intrínsecas,</div>
<div style="text-align: center;">
guardadas, sufocadas.</div>
<div style="text-align: center;">
Traziam almas.</div>
<div style="text-align: center;">
A sua,</div>
<div style="text-align: center;">
a minha.</div>
<div style="text-align: center;">
E a cada centelha, que a sua alma trazia,</div>
<div style="text-align: center;">
e que pra longe de mim ia,</div>
<div style="text-align: center;">
me mostrava quão nocivo é o sentir.</div>
<div style="text-align: center;">
[...]</div>
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><br />
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-5879911057650453062013-02-05T15:40:00.004-08:002013-02-05T15:40:45.733-08:00Brisa.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-u_-SDkh1Zog/URGYTqaPQnI/AAAAAAAAARI/1rDNpg7KOmE/s1600/tumblr_lyipwwkmgu1qdvti1o1_1280_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://4.bp.blogspot.com/-u_-SDkh1Zog/URGYTqaPQnI/AAAAAAAAARI/1rDNpg7KOmE/s320/tumblr_lyipwwkmgu1qdvti1o1_1280_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso
da água que corre,</span></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">do vento que grita.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso sentar na pedra,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">e sentir a brisa.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso não fugir.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso fugir.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Fugir do barulho,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">das pessoas,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">de suas opiniões,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">de toda essa alienação,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">(que constitui até mesmo no usar dessa palavra).</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso da solidão,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">de um esconderijo,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">de um abrigo.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso ouvir min’alma.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso do vento.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">O vento que traz a folha,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">a flor, a semente, a poeira.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso da arte.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Da arte sem sentido.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso de mim.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">E preciso não mais fugir de mim.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Preciso não precisar de mais nada ...</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">que não respirar,amar, viver ... </span></div>
</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-63397287404370019692012-08-04T18:14:00.002-07:002015-10-04T14:38:16.253-07:00Carta de número 5_ A metade do inteiro que somos.E quando ia me retirando do quarto, ao pegar minha bolsa, deixei cair um pedaço de papel que pela cor presume que já era bem antigo.<br />
<br />
“Por favor, leia! É a última por um bom tempo! <br />
A frieza da tecnologia não condiz com o meu temperamento e meu modo de ser, mas foi por ela que nos conhecemos e será por ela que passaremos por essa fase.<br />
Vou tentar ser claro e objetivo: nosso relacionamento vem se desgastando a cada dia, seja por suas atitudes super precavidas ou por meu comportamento impulsivo. O fato de maior peso, entretanto é o de que aqui não conseguiremos ser felizes. (Acho que é isso que você esteve tentando me dizer todo esse tempo.)<br />
Nesse quase um mês em que nos conhecemos eu amadureci muito .<br />
Eu aprendi a acreditar no amanhã e a me desprender do hoje. Aprendi a ver que não vamos morrer a qualquer momento apesar de todas as possibilidades disso acontecer.<br />
Aprendi principalmente que quem ama, confia. Portanto resolvi te dizer, por mais que me doa, o que na minha opinião é a melhor solução para o nosso problema.<br />
Não nos veremos mais durante este ano! Nós vamos focar tudo para daqui um ano. Um ano passa rápido e se eu consegui pensar em outras pessoas (que só me fizeram sofrer) por até mais de um ano, é óbvio que consigo fazer o mesmo em relação a você que só me deu momentos felizes.<br />
Eu quero portanto que você me prometa que vai tentar a todo custo ir para Verona porque toda a minha esperança está posta nisso! Todo o meu desejo de te ter, minha necessidade de te sentir e minha angústia por querer te abraçar nos momentos difíceis serão projetados para daqui um ano que é quando nada mais irá nos impedir de sermos felizes juntos. Nada vai estar entre nós.<br />
Eu te deixo livre por um ano e quero que você me liberte também. Eu te deixo livre porque confio em você e por isso, sei que mesmo que você venha a ter alguns casos, nenhum deles vai te marcar tanto quanto eu. <br />
Eu quero que durante esse ano você se cuide pois nem todo mundo diz ser o que realmente é. As pessoas podem nos enganar.<br />
Eu quero também que você saiba que só estou te deixando durante esse período porque tenho a certeza que você vai tentar ir pra lá junto de mim, que também vai ser fiel a nível sentimental a mim e a mais ninguém.<br />
Com isso te deixo três frases minhas para lembrar-se durante todo esse ano: eu confio em você, eu quero que você se cuide e a principal, eu te espero.<br />
Essas três frases podem ainda ser resumidas em uma só: Se eu confio em você, me preocupo com você e te espero é porque EU TE AMO.<br />
Você me conheceu bem nesse curto período e você sabe que sou capaz de fazer o que vou te alertar:<br />
Como eu te espero e viverei todo esse ano pensando em você e em nós dois juntos, minhas expectativas serão ENORMES. Por mais que eu cresça, faz parte de minha natureza ser assim: meio irresponsável quando amo; e é por isso que eu te alerto que se chegar dezembro e você não ir pra lá, por qualquer motivo que seja eu largo TUDO e venho te buscar! Você sabe que sou capaz disso! Eu estou apostando todas as minhas esperanças, que dificilmente aparecem, nessa sua ida e se você não tentar, eu juro pela minha vida que volto e enfrento a tudo pra ficar com você!<br />
Eu sei que isso não será necessário porque você vai tentar! Eu confio em você!<br />
No mais, o que te posso dizer é que estarei te esperando e que eu te amo.<br />
Me dói ao extremo dizer isso, mas é preciso: não me procure nesses meses a não ser que seja uma urgência! Eu não te procurarei.<br />
Me responda essa mensagem só para eu saber que posso contar com a sua tentativa e com o seu amor.<br />
Da pessoa que mais ama e confia em você.”<br />
<br />
Terminei de ler essa carta que haverá de sido entregue a mim há alguns anos atrás por uma pessoa muito especial ainda hoje pra mim, ainda a tenho em meus pensamentos ainda sonho em reencontrar ...<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><i>
<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<a name='more'></a><span style="background: white;"><span style="background: white;"><span style="background: white;"><span style="background: white;"><br /></span></span></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-620845925209228452012-06-20T19:51:00.000-07:002012-06-20T19:51:46.177-07:00A metade do inteiro que somos, 4ª Carta.<br />
<div class="MsoNormal">
Sentado em frente a um lago com brisa leve entre os galhos,
e os raios de Sol tocando minha pele. Acho que cheguei a Europa em sua melhor
estação, a primavera, que esta em seu ápice, as flores tão radiantes quanto o
Sol ao meio dia.<br />
Pus-me a caminhar por entre o bosque, quando uma árvore de mim roubou a
atenção, inúmeros bilhetes estavam dependurados por entre os galhos. Não resisti
e logo um bilhete, puxei a ler:<br />
“ Arrependido, com inveja e sem rumo, ando eu assim apenas comigo mesmo, nunca
tão perto de mim estive em toda minha vida, nunca comigo só assim me imaginei
viver.<br />
A culpa eu sei que foi minha, eu sei que errei.<br />
Tanto ao me entregar, quanto ao ser indiferente. Eu cobrei tanto de você que por
fim, esqueci-me de algo oferecer.<br />
Te privei do meu eu, do meu melhor, te neguei meu amor, não poderia ter sido
pior.<br />
Não te abracei o quanto deveria, não te beijei
o quanto queria, carinhos entres nós faltou aos montes.<br />
Esqueci de ir te ver, como pude eu entre minhas coisas corriqueiras me perder?-
Essa pergunta não me canso de fazer.<br />
Desculpas agora não adiantam mais, pois entre outros braços já seis que
estais,porém queria eu aqui bem deixar, que me arrependi de esquecer de te amar.<br />
Vou pendurar este bilhete, para um conselho passar, para aquele que o ler não
se esqueça assim como eu de que, não
amar, de nada é bom porém pior que se
esquecer de amar, é não mais ter tempo pra atrás voltar.<br />
Escrevo isso e completo dizendo, que o cabelo cortei, algo no braço tatuei, um
novo sorriso arrumei. Vou seguir para novos lugares, querendo viver novas
felicidades, ter uma vida que sei que vou ter, pois a vida ; ela não vai me
esperar, e com esse erro só posso aprender, e seguindo sorrindo este bilhete
aqui deixarei.”<br />
Feliz como quem esse bilhete escreveu, assim também eu seguirei, afinal uma
parte de mim ainda encontrarei. </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-60464395971638631552012-06-04T19:46:00.002-07:002012-06-04T19:46:45.653-07:00A metade do inteiro que somos, carta de número três.<br />
<div class="MsoNormal">
“ Já se passou algum tempo, e o tempo ainda continua a
passar. Eu tenho saudades imensas de ti, de tudo em ti alias. Eu sonho acordado
com teu sorriso , eu acordo de manhã e saio para o trabalho, com um pingo de
esperança de em algum momento do dia em algum lugar qualquer da cidade esbarrar
com você. Acontece que como o tempo passou, e pouco de ti sei agora , não sei já
se mudou como havia planejado, não sei absolutamente nada a seu respeito e isso
muito tem me irritado.<br />
Eu queria fazer parte da sua vida, estar
em tuas escolhas,mas com a vida não se tem conversa, é corrida e chata e
distante de ti me mantém. Sei que a desculpa não a de demorar a chegar, mas
sonhar com um “oi”, teu as quatro horas de uma tarde entediada, é a melhor
coisa que agora posso fazer , já que de ti nem mais o rosto posso ver.<br />
Do seu travesseiro tenho inveja, só de pensar que você pode chorar e é ele quem
talvez vai te confortar, mi entristece saber que nesses momentos nem ao menos
posso te abraçar.<br />
Lembro do dia em que tomares chuva, só para me abraçar, pois três dias fora
iria ficar, e queria de alguma forma me sentir, se eu soubesse que aquele seria
o mais belo que daria em toda minha vida até hoje, teria ficado mais dez
minutos, contigo abraçado.<br />
Não vou escrever mais nada, pois de tudo isso nada poderás ver, mas que fique
bem claro “EU AINDA AMO VOCÊ” e não sou nem metade do que somos longe de ti.”<br />
Lendo essa carta em um porto, em
qualquer lugar, imaginei a dor desse amante, que amor não mais parecia ter.
Passei por ali rapidamente, e pelo litoral segui em frente, mas quis deixar
registrado no diário dessa minha busca, a carta desse amante, que alias
gostaria muito de saber mais da historia.<br />
Não tem muita importância, mas vou aqui registrar, que assim que a carta acabei
de ler, um beija-flor em meu ombro veio pousar.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-6987173565150839412012-05-24T19:45:00.003-07:002012-05-24T19:45:46.154-07:00A metade do inteiro que somos. 2ª carta.<br />
<div class="MsoNormal">
O meu medo mudou, o que sinto hoje já não mais pode ser
chamado de medo.<br />
Meu medo se tornou desejo, e meu desejo
virou procura.<br />
Se outrora não sou um inteiro, e o que sinto
não mais é medo e sim a falta da metade do inteiro que deveríamos ser, quero eu então em uma busca me
lançar, quero então buscar a outra metade do meu todo, a metade que me cabe por
direito.<br />
Buscarei a ti sem saber que tu és, e em duvidas sei que eis de te achar. Ontem
sentado na praça um rouxinol me contou que quando achar-te saberei que tu és tu,
e sendo tu a quem procuro, portanto és minha
metade;é a metade que falta de nós assim
como eu.<br />
E ainda mais disse o rouxinol, disse ele
que haveria sinais.<br />
- Preste atenção, muita atenção, vou lhe disser como tudo á de ser, quando sua
outra metade chegar a ver. Seu mundo vai parar, as pessoas vão como que desaparecer,
só será vocês dois, o olhar irá penetrar no mais fundo da alma fazendo incandescer
a alma translúcida do ser amado!O toque das mãos irá gelar a alma, de tal
maneira a fazer o corpo todo se arrepiar, o cheiro da essência humana irá embriagar
os corações de tal modo a cegar tuas
visões.A de ser assim e mais um pouco, não irei eu contar a ti tudo, para não
acabar com tua alegria e a tua vontade pelo outro.<br />
Dizendo isso o rouxinol cantou e voou para além das nuvens, comecei então a
imaginar, como seria te ver, te olhar, te sentir e te tocar, te ter e te amar e
resolvi sair eu na busca o meu inteiro. </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-66607151229582196552012-05-23T06:12:00.002-07:002012-05-23T06:12:33.259-07:00Infância que tinha eu.<br />
<div class="MsoNormal">
Eu não sei de nada,<br />
apenas queria um doce de goiaba,<br />
daqueles fazia minha avó.<br />
Enquanto no pé de amora<br />
estava eu a me sujar<br />
gastando meu tempo<br />
pensando apenas em brincar,<br />
em correr, em saltar,<br />
em me esconder e em gritar,<br />
em cair em me machucar,<br />
em jogar bola e em nadar.<br />
E em meio a tudo isso<br />
grita avó minha lá de dentro:<br />
-Menino vem se lavar!<br />
E correndo com os pés descalços<br />
ia eu mais um pouquinho brincar.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-21263950973829117832012-03-30T20:08:00.001-07:002012-03-30T20:08:38.168-07:00A metade do inteiro que somos<div class="MsoNormal">- Eu tenho medo.<br />
-Medo de quê?<br />
-Da solidão, ela me sonda, tenho medo de ela me pegar, e medo de acabar sozinho.<br />
-Mas, que medo bobo!Você já parou para pensar bem nesse seu medo?<br />
-Sim!Penso nele todo dia, e a cada dia o medo aumenta.<br />
-Desculpa te decepcionar, mas você não está pensando direito.<br />
-Como assim?<br />
-Sozinho você já é desde que nasce. Claro que você pertence a uma espécie, mas dentro dessa classificação você é único, ninguém é igual a você. O que acontece é que você, mesmo sendo único, não é um inteiro, você é metade de algo, e em algum lugar existe alguém que como você é único e também é metade de algo, algo este que é você.E quando vocês se encontrarem ai sim serão um inteiro, continuam únicos porém o sentimento de ausência acaba. Você percebe isso quando esta em algum lugar com varias pessoas e diz se sentir sozinho, e diz estar sozinho, o que é errado de fato, por que se você pegar qualquer dicionário, sozinho significa solitário, abandonado, e como você pode estar abandonado, se por hora há mais pessoas com você? É isso que acontece, na verdade você não esta sozinho, você esta sentindo falta da sua metade. Que muitas vezes você até encontra, e outras vezes você passa pela vida sendo apenas metade de algo que por algum motivo, o qual não compete a nós saber, não era para se tornar um inteiro.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-662547641983588492.post-70594811389505553122012-03-02T07:43:00.002-08:002012-03-02T07:45:51.376-08:00<div style="text-align: left;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 14px;"><u><br />
</u></span></span></div>" eu queria por apenas um simples minuto esquecer; esquecer que vivo... não vou ser hipocrita dissendo que quero esquecer quem sou pois isso eu ainda não sei ou que quero esquecer meus problemas pois já não mais acredito em "papai noel" quem dirá em uma vida sem problemas ;apenas queria esquecer que vivo..."Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10105094636598138076noreply@blogger.com0