domingo, 24 de janeiro de 2016

onde está a chegada?

Venho andando por uma estrada desconhecida há um  bom tempo. Eu não sei absolutamente nada sobre essa estrada, e isso me consome de uma maneira que apenas as lágrimas escorrendo pelo meu rosto e se perdendo em minha barba conseguem descrever. E eu já me cansei, muito.
Dizem que a dor, com o tempo, diminui e que pode até desaparecer, bom, não é meu caso, não é o caso dessa estrada que eu sigo. Parece que ela se agarrou a mim, esta impregnada, é uma mancha de sangue em um tecido branco, e não se limpa, e não some, não diminui.
Meu coração aperta e me sufoca e eu mal consigo me levantar. Não é uma lança, é diferente. É algo dentro, tão fundo que eu não consigo nem entender o que é, mas eu sinto, e doí.
A chegada parece nunca estar logo ali.
Eu não me sinto em casa.
Eu não me sinto em família.
Sou eu e eu, e eu juro que tentei, mas não é tão simples. E não há nada a se fazer além de seguir e seguir e seguir, por essa estrada com horas invertidas, cores dissimuladas, frio...


Sometimes love's not enough


When the road gets tough


I don't know why



Nenhum comentário:

Postar um comentário